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Nos últimos quinze anos, as práticas estéticas e discursivas contemporâneas da América Latina experimentaram mudanças significativas na compreensão do conceito de arte e de seus objetos. Estas mudanças afetam tanto os processos de produção artística, como os modos de circulação, visibilidade e legitimidade das obras, as relações com os seus contextos de significado e as formas de construir laços com a comunidade e com o campo profissional.

Noções como "cena local" e "gestão independente" vem organizando e potencializando os esforços de artistas e gestores, favorecendo a criação e o fortalecimento de vínculos, gerando acordos táticos e alianças estratégicas que densificam essas novas estruturas e exigem competências trabalhistas, políticas e econômicas mais especializadas dos participantes desse novo sistema de arte, em benefício de uma relação mais efetiva entre a arte contemporânea, a cultura e as sociedades.

É por isso que neste seminário nos propomos a refletir sobre as diferentes formas de compreender a noção de autonomia, analisar suas relações e tensões com as instituições artísticas e, através de suas eficiências práticas, apresentar modelos de gestão que operam de forma autônoma na América do Sul.

Objetivos

• Oferecer ferramentas conceituais e práticas para a sustentabilidade da gestão autônoma em arte contemporânea;
• promover o debate sobre as relações e complementariedades entre a gestão autônoma e as instituições artísticas;
• diagramar os diferentes modelos de gestão autônoma em arte contemporânea da região (América Latina) e verificar sua eficiência em relação a circulação, visibilidade e produção de conhecimento sob o ponto de vista das práticas estéticas contemporâneas.

Conteúdo

• Por que gestão autônoma em arte contemporânea? Diferenças entre auto-gestão, gestão de carreira e gestão cultural;
• por que fazer gestão autônoma?
• a institucionalização não é (sempre) inimiga: alianças estratégicas e convênios táticos;
• modelos latinos de gestão autônoma: eficiência simbólica, economia financeira e contra-exemplos;
• modelo ArtQeda: relações afetivas e efetivas. Trabalho colaborativo e redes móveis;
• trabalhador de arte contemporânea e suas boas práticas: rumo a uma ética para a arte contemporânea.

Cronograma

• 21 de setembro de 2013 (das 10h30 às 19h, pausa almoço 13h30 às 15h30): apresentação teórica e glossário comum.
• 22 de setembro de 2013 (das 10h30 às 19h, pausa almoço 13h30 às 15h30): debate aberto com o grupo.

 

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DADOS

> 21 e 22 de Setembro de 2013.
Das 10h30 às 19h00 horas.
Casa de Cultura Mario Quintana,
Centro, Porto Alegre.
Rio Grande do Sul, Brasil.
> Valor: R$ 150,00
> Vagas: 30.
> Registre-se online
> Organizadores: Denis Rodriguez e Curatoría Forense.
> Apoio: Casa de Cultura Mario Quintana

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